The Order 1886 (Sony Playstation 4)

The OrderE cá está ele, o primeiro artigo para um jogo da minha recentemente comprada Playstation 4. Quando a comprei há poucos meses atrás, já eu tinha o Bloodborne que me tinha sido oferecido pela namorada (e que continua em fila de espera até eu pegar na série Souls), veio com o Call of Duty Black Ops III (outra franchise com bastante backlog aqui do meu lado) e na mesma altura comprei também o Destiny, um jogo para se ir jogando e dando uns tirinhos aqui e ali, devido à sua natureza online. Mas o que eu realmente queria para fazer o derradeiro test drive à nova consola era um título como o The Order 1886, ou Killzone Shadowfall, por serem jogos do meu agrado e não muito longos. O The Order lá apareceu primeiro, tendo sido comprado há uns 2 meses atrás na cash converters de Alfragide por 13€.

Jogo com caixa e folheto de quick-start
Jogo com caixa e folheto de quick-start

Este é um shooter na terceira pessoa, com foco na jogabilidade baseada em “covers“, muito popularizada na geração anterior em jogos como Gears of War. E possui um conceito muito interessante, pois o mesmo decorre numa Londres alternativa no ano de 1886, em pleno auge da revolução industrial. O nosso herói é o cavaleiro Sir Galahad, membro da mítica távola redonda de cavaleiros do Rei Artur. Essa Ordem, para além de lutar pelos interesses da coroa britânica, era também parte integral de um ancestral conflito entre humanos e half-breds, humanóides híbridos como licântropos ou vampiros (na verdade grande foco do jogo está mesmo nos licântropos, os vampiros foram apenas uma nota de rodapé), cuja força sobrenatural sempre se demonstraram adversários de respeito. E o jogo leva-nos então para essa Londres alternativa, onde os Cavaleiros estão munidos do equipamento mais hightech e vive-se um clima de forte tensão social, com grupos rebeldes a espalhar o terror pela cidade e os tais half-breds também a dar o ar de sua graça. Felizmente a narrativa é excelente e as coisas eventualmente lá começam a entrar num cenário de conspirações, o que deixou as coisas ainda mais apimentadas.

As mecânicas do combate assentam bastante em cover based shooting
As mecânicas do combate assentam bastante em cover based shooting

A jogabilidade é então focada nos mecanismos de “cover shooting“, já bem entrosados nos videojogos dos dias que correm. Claro que nem todos os abrigos são perfeitos, pois alguns podem ser destrutíveis e em certas alturas os adversários conseguem também flanquear-nos. Muitas vezes jogamos com um esquadrão, embora não esperem que sejam os nossos colegas a fazer o trabalho de casa por nós. Mesmo quando estamos sozinhos e os inimigos nos tentam flanquear, por vezes há maneiras de dar a volta à coisa. Lembro-me precisamente de na recta final do jogo, ter de enfrentar sozinho um pequeno exército em corredores e salas apertadas. Até que decidi fazer um sprint para um corredor vizinho em que me apercebi que os inimigos não entravam lá. E sendo o corredor curvado, tinha vantagem em estar ali em relativa segurança e enfrentar todos aqueles soldados, mesmo os que vinham com armaduras ou com artilharia mais pesada.

Com a blacksight a acção à nossa volta passa-se em câmara lenta e temos alguns segundos em que podemos descarregar chumbo nos inimigos à nossa volta
Com a blacksight a acção à nossa volta passa-se em câmara lenta e temos alguns segundos em que podemos descarregar chumbo nos inimigos à nossa volta

Mas deixando-me de devaneios e voltando às mecânicas de jogo, a saúde é regenerativa, desde que consigamos ficar alguns segundos em segurança. Mas se formos atingidos em demasia, pode ser que nem tudo esteja perdido. Galahad vai andar a rastejar miseravelmente por uns segundos, enquanto finalmente se lembra que possui a Blackwater, um líquido misterioso capaz de curar todos os ferimentos, sendo esse o líquido também responsável pelo facto dos Cavaleiros terem vivido séculos a fio. Nessa altura lá surge um pop-up no ecrã alertando-nos para carregar no triângulo e posteriormente no X, para voltar à acção. Mas ficarmos incapacitados num sítio não abrigado, é possível que não sobrevivamos  após continuar a levar com mais tiros no lombo. Se nos conseguirmos safar, então a próxima vez que sofrermos dano a mais é morte certa. A outra mecânica de jogo interessante é a Blacksight, onde por alguns segundos a acção abranda e podemos fazer lock-on automático nos inimigos que nos rodeiam, descarregando-lhes chumbo em cima à vontade. É especialmente útil quando somos emboscados, especialmente por soldados com shotguns, que nos tiram a vida com um ou dois tiros, ou outros com armaduras que são bem mais resilientes. Uma vez usada essa habilidade, teremos de aguardar algum tempo e derrotar mais inimigos até a podermos usar outra vez.

Para um jogo que teve tanto hype à volta de lobisomens.... só tenho pena é que existam poucos!
Para um jogo que teve tanto hype à volta de lobisomens…. só tenho pena é que existam poucos!

De resto este The Order 1886 possui tudo o que é habitual em jogos de acção deste género: a possibilidade de atacar inimigos em combate corpo-a-corpo e o ocasional segmento de infiltração onde não podemos ser descobertos e temos de limpar o sebo aos inimigos de forma silenciosa. O arsenal de armas é bastante variado, desde as habituais rifles, shotguns, granadas e revólveres, passando para o imaginário com metralhadoras de assalto (que só vieram a ser inventadas mais tarde) e outras armas mais sci-fi como uma que dispara raios eléctricos, ou outra incendiária, que consiste em espalhar uma área com fumo inflamável e depois no modo secundário de fogo, disparar uma “acendalha” que faz despoletar o fogo. Fora isso, temos imensos quick time events também, principalmente em alguns confrontos chave com lycans/half-breds, ou pequenos mini-jogos como o mecanismo de lockpick, ou o inversor de Tesla para estourar com circuitos eléctricos.

Até nos gadgets retro o jogo tem a sua piada!
Até nos gadgets retro o jogo tem a sua piada!

Outra coisa que é também trazida aqui à baila é a exploração dos cenários, que estão muitíssimo bem detalhados, apesar de serem bem lineares. É encorajado interagir com alguns objectos que por vezes aparecem de forma mais destacada como jornais ou fotografias, que podem dar mais algum background às coisas que estão a acontecer à nossa volta, ou procurar por itens coleccionáveis na forma de fonogramas. Mas tirando isso, a história é tudo o que este The Order 1886 nos pode oferecer, visto não existir qualquer vertente multiplayer, o que sinceramente a mim nunca fez diferença. A comunidade sempre criticou este jogo pela sua curta duração e pouco gameplay/excesso de cutscenes. Bom, é verdade que é um jogo curto, mas não o achei tão curto quanto alguns pintavam, nem o acabei numa tarde como sempre ouvi dizer. Mas isso é porque eu sou picuinhas e gosto de apreciar e explorar os cenários. Sobre as cutscenes, é verdade que esta é uma experiência bastante cinematográfica e existem alguns capítulos que são unicamente cutscenes (embora não tão longas quanto as de Metal Gear Solid, por exemplo), mas sinceramente como gostei da história, das personagens e narrativa, não me posso queixar.

É impossível não ficar impressionado com esta representação da capital britânica nos finais do século XIX
É impossível não ficar impressionado com esta representação da capital britânica nos finais do século XIX

Graficamente é sem dúvida um jogo bastante bonito. A recriação desta Londres em era de Revolução industrial, com os seus imponentes palácios a contrastar com as zonas mais pobres, mas ricas em pequenos detalhes foi algo para mim delicioso. A maneira como introduziram os elementos mais sci-fi foi também muito bem conseguida, como aqueles Zeppelin imponentes e os gadjets de Tesla. Ah! Até a introdução de Nicola Tesla no jogo, e os raspanetes a Edison foi algo que achei piada. Mas voltando à análise técnica, este é um videojogo com uma produção fantástica que não é só excelente a nível gráfico, mas sim nos diálogos e representação dos actores que dão as vozes às personagens. Estou a referir-me claro ao voice acting original em inglês, pois apesar de na capa do meu exemplar estar escarrapachado que o jogo está totalmente em português, eu tento-os jogar sempre no idioma de origem.

Em suma, mesmo não sendo um jogo perfeito pela sua linearidade e relativa curta experiência de jogo, posso dizer que acabei por gostar bastante desde The Order 1886. Como jogo de acção é bastante competente, mas o conceito da história e em especial o setting em que a acção se desenrola (que por si só já é bem do meu agrado), aliados aos altos valores de produção audiovisual, fizeram este jogo uma forma bem interessante de estrear a minha Playstation 4. Recomendo, mas sejam como eu e esperem que o jogo fique a preços mais interessantes.

God of War Ghost of Sparta (Sony PlayStation Portable)

GoW Ghost of SpartaE para finalizar (pelo menos pelos próximos meses) esta série de jogos alusivos às aventuras de Kratos, suas lâminas e concubinas, trago aqui um artigo referente ao último jogo da série lançado para a portátil da Sony. A minha cópia foi adquirida algures por aí, penso que terá sido na loja portuense TVGames, e o jogo deve ter rondado os 5€, ultimamente tenho perdido o fio à meada. De qualquer das maneiras está completo e em bom estado, e sendo a edição normal “black label” é o que interessa.

God of War Ghost of Sparta
Jogo completo com caixa, manual e papelada

A história decorre entre os eventos de God of War I e II, onde Kratos tomou o seu lugar no Olimpo como Deus da Guerra. Eventualmente Kratos ainda é assombrado pelo seu passado sangrento, pelo que tenta encontrar respostas para que lhe possam aliviar o seu sofrimento. A sua busca leva-o à cidade de Atlântida, onde após vários acontecimentos Kratos é levado a procurar o seu irmão Deimos, que havia sido tomado prisioneiro pelos deuses do Olimpo quando eram ambos crianças. Os acontecimentos deste jogo levam a entender quais os motivos de Kratos quando começa a sua revolução no Olimpo nos acontecimentos de God of War 2. Mais do que isso é melhor não revelar.

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Porrada em pleno mar? Já foi feito em GoW 🙂

A jogabilidade é a tradicional, contudo o controlo pareceu-me mais refinado do que o jogo anterior, o Chains of Olympus. Os botões faciais servem para exactamente as mesmas funções que todos os outros jogos da série, nomeadamente para golpes fortes, fracos, agarrar e saltar. As magias existem e são activadas usando apenas o botão direccional, sendo que cada direcção corresponde a uma determinada magia. A excepção fica para o direccional para baixo, que serve unicamente para alternar a arma usada no combate. O standard são as duplas lâminas com correntes, mas mais tarde desbloquearemos uma outra arma que na luta final terá um papel muito importante. De resto todas os aspectos da série estão aqui presentes, nomeadamente as orbs de várias cores e os power ups, coisa que eu já me começo um pouco a cansar de as descrever. Vejam os artigos anteriores sobre God of War que é a mesma coisa! A diferença aqui é que existe um poder novo, o chamado Thera’s Bane, que temporariamente envolve as lâminas de Kratos em fogo, permitindo golpes bem mais poderosos e sendo mesmo um poder necessário para progredir em várias partes do jogo. Activa-se simplesmente com o botão R, posteriormente existe uma barra de energia própria que vai sendo gasta à medida que o poder vai sendo utilizado. Felizmente essa barra de energia volta a completar-se alguns segundos depois.

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Um dos vários puzzles que podemos encontrar

Outra novidade é a questão de existirem vários items especiais espalhados em pontos chave do jogo. Esses items permitem desbloquear uma série de novas habilidades mas, apenas quando se começa um jogo novo. Um outro aspecto fundamental de God of War são os chamados Quick Time Events. Sinceramente nunca achei piada a isso, mas neste jogo já ficaram mais aceitáveis. O facto de a indicação do botão a carregar aparecer em diferentes posições do ecrã consoante a posição do botão na própria consola, já é uma ajuda. Antes de terminar esta parte da jogabilidade convém também falar do conteúdo bónus que vai sendo desbloqueado à medida em que vamos terminando o jogo nos vários modos de dificuldade. Para além dos habituais trajes novos para Kratos, e alguns vídeos sobre o jogo, existem dois outros modos de jogo importantes. Um é o Challenge of the Gods, onde são apresentados vários desafios para Kratos resolver. O outro é o Combat Arena, uma espécie de survival mode onde Kratos enfrenta uma série de “waves” de vários inimigos.

Passando para a questão audiovisual, Ghost of Sparta permanece com um clima bastante épico, mesmo para uma portátil, apresentando cenários vastos em algumas partes do jogo, tal como o habitual. Também como habitual é o sistema de câmara, com câmara fixa nalguns pontos, porém com dinâmica à medida em que a personagem se movimenta nos cenários. No primeiro God of War era algo que me irritava pois por vezes alterava drasticamente o ângulo em corredores apertados, o que acabava por confundir um pouco o sentido de orientação do jogador, mas eventualmente acabou melhorar. Nas consolas domésticas, eu preferia que o jogador tivesse a hipótese de ajustar a câmara à sua maneira, mas na PSP com o seu conjunto de botões reduzido, esta alternativa acaba por ser a melhor escolha.

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Os finishing moves brutais são uma das imagens de marca da série.

Graficamente já o Chains of Olympus era impressionante para a portátil da Sony, e este Ghost of Sparta não lhe fica nada atrás, com as personagens bem detalhadas e cenários vastos com boas texturas. De todos os jogos que tenho jogado na portátil da Sony, este é certamente dos jogos com gráficos 3D bem caprichados. A nível de som também acaba por não ser novidade nenhuma, mantendo as músicas orquestrais com o tom épico ao longo de todo o jogo. O voice acting, eu diria que também mantém os mesmos padrões de qualidade que os jogos anteriores, agora os leitores que tirem daí as ilações que quiserem… já devem saber por esta altura que eu não sou mesmo grande fã da personagem Kratos e nunca achei piada especialmente ao seu voice acting presunçoso e arrogante.

No final de contas é mais um jogo sólido, se bem que não adiciona nada de relevante à fórmula que por essa altura já dava alguns sinais de desgaste. Quem gostou dos God of War anteriores, certamente que não ficará desapontado por este jogo, que puxa a PSP aos seus limites, para além de possuir uma jogabilidade simples, porém bastante fluída. Quem tiver PS3, então provavelmente o melhor seria jogar a versão que saiu para a mesma, com gráficos algo superiores.

God of War: Chains of Olympus (Sony Playstation Portable)

GoW Chains of Olympus PSPGod of War: Chains of Olympus é a primeira iteração de Kratos e companhia na portátil da Sony. Enquanto a jogabilidade se viu algo simplificada devido à menor quantidade de botões disponíveis na máquina da Sony, ainda assim consegue manter todo a visceralidade dos combates repletos de gore e o erotismo dos originais. A minha cópia penso que foi adquirida na GAME do Maiashopping, tendo-me custado cerca 5€. Infelizmente é a versão Essentials, com a sua capa laranja berrante, mas paciência. Fora isso está completo e em óptimo estado.

God of War Chains of Olympus
Jogo completo com caixa e manual

A história decorre antes dos eventos do primeiro jogo, onde Kratos ainda serve sob a alçada de Ares e os restantes deuses do Olimpo. O jogo começa com Kratos a defender a cidade de Attica de invasões persas, com um início “all guns blazing”, onde temos de defrontar um gigante Basilisk. Após conseguir deter a invasão Persa, a verdadeira história começa, com o mundo ver-se envolto nas trevas de Morpheus, deus dos sonhos. Kratos tem depois como missão averiguar o que aconteceu e restabelecer a normalidade das coisas. Ao longo do jogo vão ser revelados mais detalhes do passado conturbado de Kratos, para quem se interessar. Eu confesso que não me interessei muito, pois conforme já disse anteriormente Kratos é um “bad ass”, mas muito presunçoso e nunca consegui gostar muito da personagem.

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Efreet, um dos ataques mágicos que acabaremos por ter à disposição.

A jogabilidade herda os movimentos de God of War II na sua generalidade, com os botões faciais a manter as mesmas funções de sempre. Devido ao facto de não existirem 2 analógicos (e consequentemente botões R3 e L3), técnicas como a Rage of the Gods tiveram de ser deixadas de fora, bem como a movimentação de se esquivar, que nas consolas ficava a cargo do segundo analógico, aqui teve de ser utilizada usando o único analógico em conjunto com ambos os botões de cabeceira pressionados. Não é tão cómodo, mas percebe-se. Também devido à falta de L2 e R2, várias das funcionalidades que estavam inicialmente alocadas para esses botões tiveram de ser repensadas. As magias executam-se com o botão R em conjunto com um dos botões frontais, sendo que cada botão frontal tem uma determinada magia alocada – magias essas que vão sendo adquiridas ao longo do jogo, como de costume. Também existem armas alternativas que vamos poder usufruir, neste caso é apenas uma, mas acaba por se tornar bastante útil, principalmente depois de ser “upgraded“. O mecanismo das orbs coloridas mantém-se, com orbs azuis a recuperar a barra de magia, orbs verdes a recuperar saúde e as vermelhas que podem ser usadas como moeda de troca para realizar upgrades às várias magias e armas do jogo, aprendendo assim novos golpes para serem utilizados na porrada.

Igualmente de regresso estão os power-ups escondidos ao longo do jogo, que permitem aumentar as barras de saúde e magia. Tal como nos jogos anteriores não há grande problema em deixar escapar um ou outro baú secreto, pois existem mais do que os necessários para se ficar “fully upgraded“, sendo que os restantes ficarão apenas com orbs vermelhas. Infelizmente não existem grandes segmentos alternativos, como os voos de Pegasus em God of War II. Felizmente não existem os segmentos de plataforma chatos do primeiro jogo. Ainda assim, é um jogo totalmente linear, com um ou outro pequeno desvio para se procurar conteúdo secreto. É também um jogo algo curto, sendo finalizado em apenas algumas horas.

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Os ciclopes como sempre possantes.

Passando para a questão técnica, é curioso saber que este é dos primeiros (senão o primeiro mesmo) jogo a tirar o partido total do processador da PSP. Para quem não sabe, o processador da PSP está nativamente travado a 222MHz, mas é possível fazer um soft-overclock para que o mesmo trabalhe à frequência de 333MHz. Quem andar nas vidas de usar Custom Firmwares seja para que uso for, alguns firmwares permitem alterar esta frequência para qualquer jogo, o que nalguns casos até melhora a experiência, tal como no Wipeout Pure. A contrapartida é que o tempo útil de bateria é bastante reduzido neste modo, mas como eu nunca jogo com a PSP fora de casa, não é algo que me afecta. Mas voltando ao que interessa, God of War Chains of Olympus ainda é dos jogos mais bonitos que a PSP tem para oferecer. Não está ao mesmo nível da PS2 como é óbvio, mas anda lá perto, com personagens bem detalhadas, cenários largos e com boas texturas, e vários efeitos de iluminação interessantes. Sonoramente não existem grandes diferenças. Ressalvo que aprecio a utilização de legendas nas cutscenes, visto grande parte do tempo eu jogar com o volume relativamente baixo e as legendas é algo que dá jeito nestas situações. Foi uma das coisas que me irritou não existir nos jogos da PS2, mas aqui redimiram-se. O voice acting é competente, continuo a achar a voz de Kratos algo irritante, mas estou ciente que a mesma não vai mudar. A banda sonora como habitualmente segue o clima épico com várias orquestrações.

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Um dos “fatos alternativos” que podemos desbloquear

Apesar de ter sofrido algumas limitações, God of War Chains of Olympus é uma boa adição para a série e desempenha um bom papel na PSP. Papel esse que foi superado pelo Ghost of Sparta, mas isso fica para uma outra altura. O jogo encontra-se também disponível com tratamento em HD para a PS3, será possivelmente a melhor versão para se adquirir. Antes de terminar, Chains of Olympus tem vário material de bónus que pode ser desbloqueado. Para além de habituais trajes alternativos, houve um regresso de pequenos filmes com conteúdo cortado, sobre o estúdio, etc. Infelizmente sabem a pouco, pois não existe qualquer comentário nos mesmos, mas ainda assim é melhor que nada.